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Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

O social tem influência? E os estereótipos? Importam ou a genética impera?...

Tenho andado caladita sobre isto... Por falta de tempo, paciência e sei lá...

Depois de tanta polémica e tanto que se falou, acho que se perdeu o que é realmente relevante... Mais relevante que proibições ou recomendações, escândalos de Facebook e jornalismos de telenovela, mais do que decidir se opiniões de humoristas valem mais que as de comissões de especialistas...


Opiniões e gostos todos temos. E ainda bem que assim o é, se não "coitadinho do amarelo", como diz um tio meu...


Uma paródia não deixa de ser uma paródia, mesmo sendo feita por uma pessoa de quem gostamos ou respeitamos.

Uma análise de alguém de quem gostamos (e respeitamos), mas que não é especialista em pedagogia, em psicologia, em sociologia, em igualdade de género, etc, por muita cultura geral que tenha, parece-me que não se devia sobrepor a uma comissão de especialistas que emitem um parecer escrito sobre algo que viram e analisaram... E atenção, eu também gosto muito do humorista em causa, gosto muito de o ouvir falar "a sério" e respeito-o como pessoa... Mas, como ele próprio diz, "sou um humorista"... Não um político, jornalista ou "fazedor de opiniões". Mas a verdade é que ele as faz e de repente, as por ele emitidas têm mais validade que todas as outras e os mesmos que gozam e criticam quem falou sem ver, falam agora sem ver também, a não ser o que o RAP mostrou e de acordo com a opinião dele... E esquecendo a parte que não lhes interessa: o próprio RAP concordou que os livros estavam cheios de estereótipos (para ambos os sexos), mas defensor acérrimo como é da liberdade de expressão (e dos parvos se expressarem que é para ser mais fácil identificarmo-los, como ele próprio diz) não concorda com o desenrolar e resultado de toda a situação.


Não tenho uma posição bem definida quanto a recomendações/proibições, confesso. Preocupa-me mais que ainda sejam necessárias. Preocupa-me que sejam ridicularizados e reduzidos a genética certos estereótipos. Preocupam-me os extremismos... Preocupa-me que se achem naturais e se propaguem como tal certos comportamentos e atitudes, porque sempre foi assim... A escravatura também foi natural e "sempre foi assim", porque "os pretos" eram "geneticamente inferiores aos brancos", até que deixou de o ser. Hoje ninguém acharia natural haver um livro de exercícios para pretos e outro para brancos, apesar das diferenças óbvias visíveis... Quanto mais não seja no tom de pele.


Opiniões todos temos, de facto.
A minha é esta... A da excessiva ligeireza com que se menosprezam certas questões...

 

A psicologia (e não só, também outras ciências) têm vindo a mostrar que os nomes que damos às coisas são importantes e moldam a forma como interagimos... Daí, por exemplo, a alteração de paradigma de "utente" para cliente, de alguém que usa um serviço e se deve contentar, para o cliente de um serviço que tem direitos por utilizá-lo. E quem escreve também o sabe, ou não teríamos meninas (tão fofo) e rapazes (que valentes).


A forma também é conteúdo e molda o modo como vemos as coisas, ou não saberíamos de imediato que um bebé de cor-de-rosa é menina e um de azul é menino (será mesmo assim? E é assim porque eles já nascem a gostar mais de azul e nós, meninas, de rosa? Os nossos gostos são totalmente determinados pela genética, será?).


Os livros têm (ou deviam ter) revisão editorial que contemple texto (conteúdo) e imagem (forma).


As ciências também já deram evidência de que o cérebro (sim, o órgão físico) se desenvolve (aumenta de tamanho mesmo) consoante os estímulos que recebe e as áreas que trabalhamos.
A história também já nos mostrou como podemos menosprezar os outros por achar que são diferentes ou porque "vemos que é assim"... Afinal, a terra não é plana, ainda que nos pareça quando olhamos à nossa volta...


Não gosto de extremismos, não gosto de proibições.... Também preferia que houvesse discernimento, conhecimento e sensatez, mas isso nem sempre é...


E com o passar dos anos, vamos evoluindo e descobrindo que nem tudo é preto e branco, nem tudo é tão simples que possa ser separado por cores, por genético ou social, ou por sexos...


E para acabar este longo discurso, deixo uma opinião (entre muitas) de alguém que estuda, que se especializou e nos fala de igualdade, dos estereótipos, do modo como nos moldam e nos fazem acreditar que são "naturais" (ou que têm causas exclusivamente genéticas)...
Para pensar apenas...

 

 In EIGE

 

E já agora, deixo mais este...

 In BBC Stories