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Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Carta aberta ao(s) pai(s) da criança doente na sala do meu filho

Caro(s)  pai(s) ,

 

Antes de mais, dou-lhe os parabéns e agradeço a coragem de ter filho(s) nos tempos que correm. Obrigada por apostar no seu futuro e no futuro deste país, pois, sem crianças e com uma população completamente envelhecida, não existe futuro possível…

 

Bem sei que não é fácil.

Todos dizem que é importante haver crianças, mas no que concerne ao real e eficaz apoio à parentalidade, ninguém sabe bem onde pára. Fica-se pelo reconhecimento da sua importância como se tal bastasse…

O dinheiro não abunda e com tanto desemprego, a pressão para estar sempre a trabalhar e dar 200% sob ameaça de ficar sem ele é quase regra. O que importa é estar sempre a trabalhar, ou “haverão outros que o façam”.

A família também já não consegue dar o apoio de antigamente… Muitas vezes, os avós moram longe ou ainda trabalham. Ou até talvez tenham emigrado. O resultado é o mesmo: já não estão disponíveis para ajudar em caso de necessidade.

 

De facto, não é fácil. Não é fácil para nenhum pai.

 

Daí que eu até percebo que, por vezes, sinta a necessidade de deixar o(s) seu(s) filho(s)  na Creche com um Brufen tomado e, deixa ver se passa… Até porque há a “regra dos três dias” e o mais certo é nem ser nada… Esperamos…

Sim, eu percebo… Até certo ponto.

 

O meu filho é asmático. Cada gripe nova, pode desencadear uma crise de asma.

Começou a fazer medicação preventiva diária, para não ter crises de asma, por causa das gripes que ia apanhando. Medicação cara, como deve calcular, e que, como todas as outras, têm efeitos secundários.

No final do ano, o meu filho teve uma amigdalite, devido a uma gripe. Teve de tomar antibiótico e ficou em casa até estar mais restabelecido.

Foi três dias à “escola” e ficou em casa 9 dias com varicela.

Passado esse tempo, foi quatro dias à escola e ficou em casa com febre. Teve de tomar novamente antibiótico e ficar em casa 8 dias com Escarlatina.

Quatro dias depois de regressar à escola, ele ficou com febre e teve uma crise de asma. À quarta condição médica quase seguida, não há medicação preventiva que funcione, nem criança que resista…

Voltou à escola por uma semana. Não teve febre, mas estava congestionado e percebemos que parecia estar a ouvir mal. Fomos ao médico. Está com uma otite, por isso vai tomar o terceiro frasco de antibiótico no espaço de menos de 2 meses. Além disso, com tanta gripe, descobrimos que tem líquido nos ouvidos, o que o faz ouvir mal.

Descobrimos que tem Rinite também. Tudo junto, tem hipersensibilidade ao nível respiratório e está sensível devido a este acumular de ocorrências.

 

Como é que no espaço de mês e meio a dois meses conseguimos ficar quase mais tempo com ele em casa e doente do que na creche?

Uma coisa vos garanto. Também trabalhamos.

E, só podemos contar connosco próprios. Não há avós, nem família que possa ficar com ele. Se ele está doente, um de nós tem de faltar ao trabalho para ficar com ele.

 

Por isso, queríamos apelar à vossa compreensão e agradecer também por nos respeitarem e respeitarem a saúde do(s) vosso(s) e dos nossos filhos.

As regras existem… A Instituição faz o que pode. E percebo que fica numa posição complicada.

Como vos disse, eu até compreendo…

Mas quando o meu filho tem de passar pelo que está a passar, porque passa a vida a apanhar “viroses” dos seus colegas, a minha capacidade de compreensão reduz drasticamente.

Quantos de nós nos queixamos que os nossos filhos apanham de tudo na creche? Todos nós. Os outros pegam maleitas aos nossos…

Mas pergunto-vos: e os nossos? Quantas vezes foram os nossos que contagiaram a creche toda? Quantas vezes aquela febre, passados os três dias, revelou algo mais?

 

Mais uma vez, eu compreendo… Mas…

Eu e o meu marido respeitamos as regras, fazemos sacrifícios e arranjamos maneira de não colocar o(s) vosso(s) filho(s) em risco, evitando que o nosso filho vá para perto dele(s)  quando está doente.

Salvaguardamos a saúde do nosso, mas também a do(s) vosso(s) filho(s).

Arriscamos faltar ao nosso trabalho para ficar com ele.

Resistimos à vontade de disfarçar o virús com Brufen ou Ben-U-Ron.

E, assim, achamos nós, mostramos respeito por vós e pelos vossos, esperando receber esse respeito de volta.

Pois acreditamos que, se todos nós o fizermos, talvez os “Invernos” passem melhor… Pelas crianças todas e pelos pais todos.

 

Cordialmente,

Mãe cansada e preocupada

Artista de palmo e meio... A crescer...

Chego perto dele e ele diz-me:

- "Olha! Um carro!" 

 

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Vejo o desenho dele, a felicidade e orgulho neste reconhecimento da forma  desenhada, da intenção conseguida... Digo:

- "Que lindo, filho! Vamos pôr no frigorífico para toda a gente ver! Vou só escrever o que disseste e o teu nome!" - coloco no frigorífico. 

- "Olha que lindo!" 

 

Ele sorri, vira-se novamente para a mesa. Desenha uma bola à pressão noutra folha e diz:

- "Olha, mais um desenho para pôr aí!" 

Rio e digo:

- "Verdade. Tens muito jeito." 

E procurei mudar de assunto, senão ia ter mais 20 bolas para colocar no frigorífico. 

 

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A verdade é que, não só como mãe babada, mas como psicóloga também, fiquei cheia de orgulho! A passagem para esta intencionalidade e reconhecimento do desenho é um marco no desenvolvimento cognitivo. E tendo em conta os seus 2 anos e meio de idade, não podia estar mais babada! 

 

O segredo está na simplicidade...

... E,  às vezes, parece que a solução mais simples é aquela que não se está a ver! 

O que vale é que temos vizinhos práticos e brilhantes que nos dão a solução óbvia, para todos, menos para nós... 

 

- "Barra de segurança?! Para quê? Se fosse eu, abria o gavetão de baixo e pronto!" 

 

E, pronto, tirámos a barra... 

 

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Resultado: acordei com ele a chorar... 

Fui a correr ao quarto! 

Estava de quatro na cama de baixo, meio estremunhado, meio assustado, mas inteiro! Saiu sem mazelas do acidente e, esperamos nós, aprendeu a não se chegar tanto à berma da cama... 

 

Já lá vão duas noites sem acidentes... 

 

 

I'm singing 'though there's no rain...

Pelo menos dentro de casa, não... Ou,  na cozinha, não (isso seria outra história)... 

 

Dê por onde der, o rapaz está contente com a nova aquisição e nós não somos dados a superstições,  pelo que pode brincar à vontade dentro de casa e aprender a manusear o guarda-chuva! 

E eu também estou bem contente, que agora já vão ser 13kg no chão, em vez de ao colo, mesmo que esteja a chover! 

 

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"I'm singing in the rain.

I´m dancing in the rain.

Oh, what a glorious day! 

I'm singing in the rain! "

 

 

Ou no meu caso:

"Estou a cantar à Chuva!

Estou a dançar na Chuva!

Oh, que dia glorioso,

levo menos peso no lombo!"

Ser mãe/pai faz mal aos neurónios!

Ou melhor... 

 

Não dormir faz mal aos neurónios! 

 

E desenganem-se se julgam o contrário, mas,  de um modo geral,  com o "ser mãe/pai", vem o "não dormir" (ou dormir pouco e mal)! 

Seja porque @ garot@ está doente, seja porque acorda de hora a hora com pesadelos, seja porque é adolescente e foi para a borga com os amigos, seja porque vai ter uma prova importante... Há uma preocupação associada, que mesmo quando não é a "criatura" em si que nos acorda, não nos deixa dormir realmente bem! Não é sempre, não é todos os dias (óbvio ou não havia quem aguentasse!). Mas é... Existe esse "Não dormir" e causa transtornos! 

 

Ora, eu sempre gostei de dormir... E mais que isso, preciso de dormir para funcionar! 

Algo que tem sido complicado nestes últimos tempos com amigdalite, seguida de varicela, seguida de escarlatina... 

 

Ao ponto de eu começar a achar que,  se não durmo em breve, escrevo mas é um filme de comédia com as parvoíces todas que ando a fazer, graças a não dormir! Os meus neurónios estão a dar o tilt! 

 

Ora,  neste momento, eu já chamo indiscriminadamente o meu filho de amor e também pelo nome do meu marido e, só depois das duas tentativas, parece ocorrer-me o nome do garoto ou a hipótese de usar o "filhote"... Mas estranhamente ainda não chamei ao meu marido filho! Já não é mau de todo! 

 

Vou para a médica com o garoto e refiro-me ao dia anterior como se estivesse a falar de há uma semana atrás... Do género:

-" Na segunda ele não comeu nada de jeito." - digo. 

- "Na segunda...  Ontem?"  - responde a médica...

Eu, depois de parar para pensar, digo que sim, que foi ontem... 5 segundos depois, estou novamente a dizer "na segunda" ... 

 

Vou tomar café a uma livraria bem conhecida com o garoto atrás... 

- "Tem o nosso cartão?" - pergunta o sr.  da caixa. 

Fico a pensar um pouco... 

- "Ah, sim! Tenho o cartão da Bertrand, tenho!" 

- "Pois... Mas esta é a Almedina." 

 

Além disso, confesso que, de um modo geral, já não sou nada boa com nomes... Ora com sono e os neurónios todos baralhados, não fico melhor... Uma das melhores...

Tenho uma amiga que casou com um Australiano... Como devem imaginar o nome dele não é português... 

- "Nuno!"  - chamo.

Paro. Penso: "Hummm... Algo não está bem... Ele não olhou... Bem, esquece! Depois falamos." 

Vou-me embora e já a afastar-me é que me cai a ficha: "Raios ele não se chama Nuno! Não me lembro do nome dele! Estou linda, estou!"...

O nome dele é Inglês! Por acaso, começa por N... Mas não é de modo algum Nuno! (E se estiveres a ler isto, desculpa-me! O meu cérebro está frito!) 

 

 

"Ambrósio, apetecia-me"... Qualquer coisa!

Apresento o novo anúncio da Ferrero, versão caseira e protagonizada por quem não conhece tal anúncio! 

 

Eu sou o Ambrósio e, claro, adivinhem lá quem é a Sra fina e chique! 

 

- Mãe... Quero qualquer coisa! 

- Qualquer coisa? Que "coisa" é que tu queres filho? 

- Hummm... Quero qualquer coisa boa! 

 . . . Já sei! Um ursinho! - uma goma ou seja. 

 

... Ou uma bolacha... Ou qualquer coisa... doce, claro! 

 

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Se calhar, foi..

Primeiro passa com a caixa das canetas e papel... 

Depois passa com a mesa... 

Depois com uma cadeira... 

E outra cadeira... 

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Eu mantenho-me expectante... 

 

Começo a ouvir canetas a cair ao chão...  Várias vezes. 

 

Entretanto, ele começa a barafustar e a chamar por mim, porque as canetas "caíram"... 

 

Chego à cozinha e eis com o que me deparo:

 

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- Oh B.! Mandaste as canetas todas ao chão, filho? 

 

- Eu? Não! Se calhar, foi a caixa? 

 

- A caixa é que mandou as canetas ao chão? 

 

- Se calhar, foi. 

 

- Sim,  a caixa das canetas decidiu cometer suicídio e atirar-se ao chão...