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Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Sabem aquela sensação...

. . . quando alguém passa por vocês e diz:

- Sim senhora! Ora aí está uma coisa  que nunca soube fazer: trocar um pneu! 

 

E vocês sorriem para ser simpátic@s, enquanto pensam:

- Se sei!!!... Infelizmente mais vezes do que gostaria de admitir...

 

Não sabem qual é a sensação?! 

Então, não queiram saber! 

 

Raios! Not again

Porque as operadoras de telecomunicações deixaram de divulgar números de contacto das lojas?

Para não terem de gerir múltiplos "callcenters"  de atendidmento telefónico em simultâneo com o in loco e não terem de ouvir parvoíces como estas:

 

- "Loja da Operadora X, boa tarde"

- " Olhe, estou a ligar porque não consigo emparelhar o bluetooth com um telemóvel. Com um consigo, mas com outro não! Porque é que não dá?"

 

Really?!?!?!?!?!

 

Romper o Ciclo da Desesperança

Nada melhor do que aprender por nós próprios, batendo com os proverbiais "palitos" na parede, como se diz... Ou talvez, não.

Mas, queiramos ou não, a vida corre, passa e ensina-nos (seja à força ou a bem). E mau mesmo, é se não aprendermos com ela.

 

A vida tem me ensinado que pode sempre piorar...

Não é animador, mas é aquilo que sinto.

Não me traz alegria nenhuma aquela máxima de que existe alguém no mundo que está pior, ou que podia ser pior. Isso já eu sei. Não me consola.

Pelo contrário, traz (a mim e a toda a gente) a desesperança, a estagnação e o conformismo... O deixa andar por se andar a medo. Medo de que venha pior.

E vamos andando... Sobrevivendo... Sem "respingar" muito, não se vá perturbar o status quo e piorar  mais um pouco.

E assim se faz por aceitar o estado atual, mesmo quando isso nos revolve as entranhas, mexe com o nosso sistema de crenças e valores e nos deixa numa luta interna sem par... até atingir o limite.

 

Tenho andado a viver a medo... 

 

E sinto que não estou só.... Uma desesperançada, num país desesperançado...
Temos, Portugueses, andado a viver a medo e as prestações da vida nunca mais acabam. Nunca mais chega o viver em pleno...

Aceitam-se condições precárias, justificam-se práticas de emprego injustas em que o trabalhador é explorado (porque a empresa não pode; porque está má a economia; porque não há alternativa; porque se não queres/aceitas, há uma fila imensa atrás de ti desejosa de aceitar -  e há mesmo - ), aceita-se o que se considerava amoral e chega-se à conclusão que se engole muitos mais sapos e se aguenta muito mais do que algum dia julgámos aguentar... não vá piorar...

Aceitamos políticos corruptos, Governos desgovernados, dívidas que não são nossas, imposições económicas para salvar a banca...

Aceitamos ser desconsiderados, que nos mandem emigrar e digam que vivemos acima das nossas posses.

Aceitamos viver num país em que o salário mínimo é regra, mas é normal a conta da luz chegar aos 50€, a de água aos 30€, a alimentação roubar mais de 1/3 do rendimento familiar e a renda ser 300€ ou  mais (números muito abaixo do que acredito ser a realidade)...

Aceitamos ver a nossa família e amigos partir... E aceitamos que não temos valor se ficamos, nem o temos se vamos...

Aceitamos que vivemos num mundo em que um homem que abusa das mulheres, usa linguagem obscena em discursos televisivos e insulta quem o contraria pode ser Presidente de uma potência mundial.

Aceitamos a medo e a favor de nos deixarem no "nosso canto", preferencialmente sem muitas "ondas"... não vão as coisas piorar.

 

Vamos (sobre)vivendo e chegando à conclusão que nem tudo é preto e branco... há muitos tons de cinza, muitas tonalidades que cobrem a vida e fazem cada um aceitar o que tem de ser... Com medo do que possa ser e para cumprir com as responsabilidades / obrigações da vida.

 

Longe vai o radicalismo adolescente...

Não há tudo ou nada. Não há só bom e mau. A realidade tem muitos pesos e medidas. Não se pesa em extremos.

E vamos crescendo, vivendo, e vendo outras perspetivas.

Percebemos que às vezes tem mesmo de ser, mesmo que por dentro se ferva.

Percebemos que o que é correto e sabemos/sentimos que devia ser, não pode ser.

 

E, se por um lado, isso faz parte: é suposto assim ser... É suposto aprendermos a viver na realidade e não no sonho e no idealizado, sob pena de nos sentirmos permanentemente insatisfeitos e infelizes. Por outro, às vezes, deixamos demasiado para trás. Abdicamos de demasiados sonhos e de nós...

 

Sinto que estamos(estou) conformados.

Agrilhoámos os nossos sonhos.

Deitámos fora a esperança de ser mais, de viver mais... com medo.

 

As piores amarras são as que impomos a nós próprios.

 

Eu vou crescendo e aceitando o que tenho de aceitar... A vida e as suas tonalidades. Os "sapos" indigestos. Os fogos internos que tenho de apagar...

 

Mas quebrem-se as amarras e que o medo não seja forma de vida!

Que se mantenham vivos alguns sonhos e a chama para combater a passividade!

Que se mantenha alguma irreverência e rebeldia em cada um de nós!

Caso contrário, viveremos a prestações e a vida tem mesmo tudo para piorar...

Cachopa conformada ou Adulta rebelde?

Um dia pensas pintar o cabelo, porque isso ajuda a "secar" o cabelo e o teu é super oleoso e já te andas a passar com tanto "cabelo batata frita".
Um dia pensas em pintar o cabelo de uma cor discreta, similar à tua cor natural, que já não és nenhuma cachopa para andares com cabelos acaju e de cores esquisitas!
Um dia consideras pintar o cabelo de cor discreta, mas ficas na dúvida se é dinheiro bem empregue, visto que não será grande mudança... Só para secar.
Um dia dizes ao teu marido que estás a pensar em pintar o cabelo outra vez.
Um dia o teu marido mostra-se entusiasmado com a ideia de pintares o cabelo e sugere logo que pintes de vermelho, como antigamente.
Um dia dá-te na telha e vais com o teu filho comprar uma tinta para pintar o cabelo.
Um dia o teu filho fica entusiasmado com a ideia de pintar o teu cabelo e quer levar uma tinta preta ou vermelha.
Um dia, como maluquinha que és, pegas na caixa de tinta de cor similar à tua natural e numa caixa com tinta vermelha de uma marca que nunca usaste antes e deixas o teu filho escolher qual levar para te pintar o cabelo.
Um dia chegas a casa e pintas (e deixas o teu filho ajudar a pintar) o teu cabelo com tinta vermelha.
Um dia olhas para a tua cabeça e vês um vermelho muito vermelho e pensas que é melhor tirares a tinta do cabelo bem mais cedo do que a caixa indica.
Um dia acabas de pintar, lavar e secar o cabelo e vês que tens um cabelo vermelho como nunca tiveste antes... Mesmo vermelho.
Um dia o teu marido e filho ficam entusiasmados com o teu "novo" cabelo vermelho, enquanto tu consideras quão rapidamente podes pintar de castanho por cima e qual o tom mais adequado para tapar aquilo que fizeste.
Um dia vais buscar o teu filho à creche e ele, todo contente, chama a atenção de toda a gente para o teu cabelo vermelho e mostra-se orgulhoso da escolha e de ter ajudado a pintar.
Um dia tu consideras a hipótese de te esconderes ou enfiar um barrete na cabeça.
Um dia sais de manhã para ir levar o teu filho à "escola" e vês-te ao espelho no elevador: cabelo vermelhão, calças justas e casaco preto, blusa roxa e sapatos pretos de plataforma.
Um dia pensas ao ver-te: "Voltei à adolescência... Cabelo vermelho e um look semi gótico, ainda que mais adulto. Não fossem as olheiras profundas e as rugas que começam a surgir..."
Um dia tu vês-te ao espelho do elevador e pensas: "Que se *#&@ ! Não tou assim tão velha! Bora lá cabelo vermelho!"

 

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 E atrás, um vislumbre da minha cor original no cabelo do meu filho...

 

 

P.S. Não fossem estes meus laivos de "loucura", diria que estou a ficar um cota muito secante! ;)

Ausência e vai-vem da vida...

A vida não me tem permitido ter tempo... para a vida...

Para mais que o trabalho...

Para viver...

 

Entretanto, muito se passou... mudou... a vida continuou...

 

Este blogue fez um ano comigo ausente...

 

Estou em fecho de ciclo... em mudança.

E espero que o próximo ano seja melhor... E que haja tempo para viver!...

Inclusive, para bloggar. ;)

 

 

Esperemos é que aterre num "oceano menos tormentoso" e acima de tudo, que não aterre com as "barbatanas" em chão seco...

 

Eu, nós todos, este país, este mundo... Bem precisamos de "mares e marés melhores"...