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Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Lavar os dentes enquanto comes Oreos...

Quantos de vocês acham que conseguiam efetivamente trabalhar se fosse dia de levar os filhos convosco para o trabalho?

 

E, se eles ainda por cima nesse dia estivessem doentes? Quão produtivos acham que seriam? 

 

Pois... Os "benefícios" de ser uma "empresária" (ou seja, Recibos Verdes que trabalha maioritariamente a partir de casa), sem direito a baixas para assistência à família... :-/

 

 

Desempregados, RSI, Reclusos e Militares: a salvação das nossas florestas?

Imagem da Notícia da TVi24

 
Saiu uma notícia hoje (fui alertada e bem para o facto de a notícia ser de 2010, pelo que corrijo a informação, com a nota de que não reparei na data da mesma, quando a publiquei e pensava mesmo ser atual) que diz:
 
E logo se erguem vozes contentes proclamando a medida como justa:
Esse "bando de inúteis", que só chupam o país e vivem à custa dos desgraçados que trabalham e pagam impostos, vão finalmente ser úteis. A ver se aprendem a não viver à conta do Estado!
 
 
Ora, eu não sei como pretende o Governo pôr isto em prática. A notícia não é muito esclarecedora nesse sentido. E não sou perita nenhuma em economia ou em política...
Ainda assim, gostaria de colocar algumas questões para refletir, quanto mais não seja como pessoa e como profissional que trabalha em Recrutamento e Seleção (Recursos Humanos) já há uns tempos.
 
O Governo falou que havia necessidade de profissionalizar os Bombeiros, e que se iria criar a carreira e ter profissionais do Estado em vez de se contar apenas com os voluntários...
Porquê?
Porquê contratar novos Bombeiros se temos tantos voluntários?
Porquê ir à especificidade de criar a Carreira de Bombeiro, quando extinguiram a maioria das carreiras no Estado e as agregaram todas em categorias genéricas que são o pesadelo de qualquer recrutador que pretenda de facto recrutar o melhor, com melhor formação, com o melhor percurso/experiência e nada pode exigir que não esteja previsto em lei para essas categorias, que por serem amorfas não tem outro pré-requisito que não os gerais?
 
Por isso mesmo.
Porque já muitas empresas se aperceberam que ainda que seja uma fonte de mão-de-obra "barata", não é possível "viver" a contar com a boa-vontade de voluntários (atenção sem qualquer desmérito para os nossos Bombeiros Voluntários!!! Não é esse o meu ponto de vista. Por favor, deixem-me explicar).
Não funciona.
Porque não se pode exigir de um voluntário o que se pode exigir de um trabalhador contratado. Não há como exigir mais a alguém que corajosamente se oferece para defender o nosso país, enquanto possivelmente a casa del@ arde... Que perde o seu tempo livre, de família e a vida para "de borla" proteger outros... E muitas vezes a quem nem sequer é dada suficiente formação, que também tem medo e deveria ser acompanhado/integrado/preparado para na "Hora H" não entrar em pânico!
Porque se a instituição funciona toda à base de voluntariado, não tem uma estrutura bem definida, uma hierarquia, alguém que coordene eficazmente, principalmente se o sistema de comunicações nem sequer funciona quando é preciso...
 
E, a carreira específica, porque o é! (Como muitas deveriam ser, em vez de todas metidas no mesmo saco, consoante o nível habilitacional detido - minha opinião)
Porque é um trabalho de risco, que implica resiliência, resistência ao Stress e a situações extremas. Porque implica ter uma formação, preparação e profissionalização decente para correr bem. Porque deveria ser avaliado o risco ou existência de tendências pirómanas (muitas notícias já se ouviram de Bombeiros que ateavam fogos...).
 
 
 
E depois, decidem pôr os RSI e desempregados a fazer funções de limpeza de florestas?
 
(ATENÇÃO!!! Modo ironia ON!)
 
Portanto, vamos contar com profissionais que são pagos para este trabalho de limpeza e estão por isso extremamente motivados para desempenhar esta tarefa com pontualidade e assiduidade, brio e zelo profissional, certo?
Com certeza que com tanta motivação, as matas ficarão "num brinco" num instante...
 
E formação? Vão dar a estas pessoas?
Ou é só ir para lá, "pôr o rabo para o ar" a apanhar caruma do chão e toca a andar?
Também não é nada de complicado, é só baixar e apanhar tudo o que estiver no chão, podar umas árvores (da maneira certa, claro) e já agora, se virem bagas, cogumelos e outras coisas comestíveis, apanham e fazem um a banca à beira da estrada a vender esses produtos que é para angariar fundos para comprar árvores e recuperar as florestas.
 
E, claro, os militares acho muito bem. Alguém tem de controlar essa maltinha preguiçosa toda, lá dos RSI, Desempregados e Reclusos. Isso é tudo malta sem grande valor, é preciso tê-los debaixo de olho!
Ainda algum preso tenta fugir ou lá um "cigano" do RSI começa uma rixa com alguém?
O melhor é os militares levarem chicote na mão que é para desmotivar as fugas/rixas e combater a "preguiça" dessa malta...
 
 
(ATENÇÃO!!! Modo ironia OF!)
 
Ponto 1, nem todos os RSI e Desempregados são "malandros preguiçosos" e, definitivamente, não me parecem criminosos/presos...E, sendo-o (malandros), é mesmo deles que querem que dependa a limpeza da floresta?
 
Ponto 2, o voluntariado é muito bom para os cofres, mas no que concerne a produtividade, qualidade do trabalho, envolvimento, brio profissional não é a melhor estratégia, muito menos quando é um "voluntariado forçado". A longo prazo, o barato sai caro.
 
Ponto 3, é ótimo para as estatísticas do Estado "ocupar" desempregados, para disfarçar a real taxa de desemprego... É como as formações obrigatórias... Enquanto lá estão é menos "1" a contar como desempregado. Mas mais uma vez não sei se dirá grande coisa pela qualidade do trabalho.
 
Ponto 4, se até lhes vão pagar 20€/dia mais subsídio de refeição, porque não fazer as coisas como deve ser e contratarem essas pessoas desempregadas a termo certo? Criam aí um recrutamento excecional ou algo do género como já fizeram, se fizerem questão de contratar desempregados (Sou a favor!). Aí seriam pessoas com um contrato de trabalho a quem se podia exigir desempenho entre outras coisas. Se calhar, em vez de precisarem de 1000 voluntários, passavam a precisar de 500 ou 750 trabalhadores a quem podiam exigir efetivamente trabalho bem feito e, contas feitas, ainda poupava mais do que a pagar os referidos 20€... Principalmente, se pensarmos a longo prazo, na vantagem de ter um trabalho bem feito (menos riscos de incêndio) e nas contribuições desses trabalhadores para os cofres do Estado (em vez de receberem subsídios).
 
 
Mas mais uma vez... Sou uma leiga... Posso estar muito errada.
A única coisa que estou certa é de que voluntariado é bonito, mas não é o mais "lucrável" e benéfico a longo prazo...
 
 
 
EDIT: Não tenho pretensões de ser um blogue noticioso e também não tenho o intuito de enganar ninguém. Foi mesmo um lapso não intencional. Não reparei na data do artigo. Para mim, o artigo era de ontem. Reconheço-o, mas pergunto: "Quem nunca?" 
Este blogue é para mim uma espécie de escape: um sítio onde vou "despejar" o que me vai da alma, procurando sempre fazê-lo de um modo que não desrespeite, nem ofenda ninguém.
Todos temos direito às nossas opiniões. 
Só peço que quem me lê, respeite também a minha e comente com o mesmo cuidado com que eu procuro escrever. 
Obrigada.  

Renascer das cinzas...

... e reconstruir a floresta!

 

Quer ajudar e não sabe como?

Porque não oferecer uma árvore a alguém e simultaneamente à nossa floresta?

Uma árvore plantada por um Insituição de confiança, com respeito pelo ambiente, pela vegetação autoctone e pela nossa floresta!

Uma árvore a que pode dar um nome e sobre a qual se pode manter informado/a!

 

Saiba tudo aqui e aqui!

 

 

EDIT:

Tenho andado a pensar como seria bom ir plantar uma árvore nas zonas ardidas...
A pensar onde a comprar e como?
A pensar na lógica e consequências de plantar sem a devida autorização...
O terreno será de alguém? Não devia a reflorestação ser planeada, organizada com lógica e o saber técnico?
Vejo algumas iniciativas neste sentido... Iniciativas individuais... movimentos cheios de boa vontade...
Mas e a tal organização do terreno? Onde fica se cada um de nós se lembrar de ir plantar uma árvore porque sim, sem qualquer orientação ou organização?
Esta parece-me uma solução ótima para ajudar de um modo organizado, por quem sabe!

Eu não sabia...

Estou à espera para o ir buscar à porta da sala. Eu já o vi, mas ele não me viu.

 

Ele tira um carrinho a outro garoto e atira-o para longe, sem motivo aparente.

A Auxiliar chama-o e avisa que já cheguei.

 

Ele olha para mim, faço "cara zangada" e sinal de "eu vi!".

 

Chega ao pé de mim, fora da sala, digo-lhe:

- Eu vi o que fizeste. O menino não te estava a fazer mal nenhum! Tu gostavas se ele também te tirasse o carrinho e o atirasse para longe? Ele ficou triste!

- Então... Eu não sabia...

- Não, essa não cola! Sabias que estou farta de te dizer que não deves fazer maldades, nem fazer aos outros o que não queres que te façam!

- Nãaooo... Eu não sabia que estavas a ver!

 

...

 

 

...

 

 

...

 

 

O que vale é que me controlei e lhe disse que se devia portar bem independentemente de eu estar a ver ou não...

Mas, ao menos, não posso dizer que não é sincero...

 

 

E o que podemos fazer no dia-a-dia?

A propósito deste post... 

 

Eu acho que ele tem razão. Infelizmente, tem.

 

Temos todos culpa de algum modo.

Não fomos nós que ateàmos os fogos. (Pelo menos eu não e espero que quem me lê também não!)

E podemos até nem ter feito aquela "queimada" que sabíamos estar proibida ou atirado aquela pirisca pela janela do carro, certos que só as piriscas dos outros é que começam incêndios.

Podemos não ter limpo o terreno de nossa casa ou ignorado o mato sujo e alto que vimos perto das nossas cidades.

 

Mas contribuimos de várias maneiras para o status quo...

Nenhum homem é uma ilha e todos nós, habitantes deste planeta, de algum modo ajudamos a contruir a nossa realidade.

 

Há 3 anos, pelo menos que tenho fotos na praia em Outubro.

Acho normal? Não.

No primeiro ano, estranhámos, comentámos, dissémos "o tempo está louco"...

3 anos depois, já não é uma ocorrência estranha... é um padrão.

 

Contrariamente às declarações delirantes do presidente de uma certa super potência, acredito que é do senso comum que estamos a dar cabo do planeta... E também o é que há pequenos comportamentos que temos de alterar, quanto mais não seja porque os mais pequenos nos trazem esses ensinamentos porta a dentro.

E os que são pequenos demais para tal, temos nós a obrigação de ensinar, de lhes encutir estas práticas para o bem deles e para que tenham uma hipótese de futuro.

Por isso, com o país a arder, escrevo-vos para contar o que faço no dia-a-dia para tentar ter um mundo menos poluído e mais consciente na esperança de passar algumas estratégias e conversas (ou aprender convosco algumas) para ensinar aos mais novos outros caminhos...

 

Reciclagem...

Temos um caixote do lixo (indiferenciado) e 3 caixotes de reciclagem com tampas de cor diferente (amarelo, azul e verde). O nosso filho, de 4 anos, já sabe onde é que se coloca o plástico ou o papel (o vidro também, mas não mexe em vidros de um modo geral).

Às vezes pergunta-me:

- "Mamã, onde ponho isto? " (isto sendo um lixo qualquer que tenha na mão)

- "Isso é papel/plástico onde achas que deves pôr?"

E ele põe no caixote certo.

 

Lavagem das mãos / dentes / banho...

Sempre tentámos ensinar-lhe que a água não só é cara, como é um bem precioso e necessário para toda a gente, que está a escassear. Por isso, nestas atividades, tentamos evitar o desperdício e lembrá-lo para não deixar a água a correr sem necessidade.

Aproveitamos para lhe explicar que todos precisamos da água e, como temos a sorte de morar num sítio que tem muitos riachos (ou tinha no inverno passado), a escassez deles e os leitos vazios são oportunidades para lhe mostrar evidências de como a água está em falta, apesar de sair da torneira sempre que ele a abre.

Ontem, a propósito dos incêndios, diz-me ele:

- "Oh, mãe eu demorei um bocado a lavar as mãos e estive com as mão na água muito tempo... Achas que os bombeiros não vão ter água para apagar o fogo?"

- "Hão-de ter filho, não te preocupes. Mas tenta não fazer isso, está bem, lindo? Tu sabes que todas as pessoas precisam de água, não podes gastá-la tu toda."

 

Lixo nas florestas e praias...

Nós gostamos de fazer piqueniques, quanto mais não seja porque sempre se poupa uns cobres a não ir a restaurantes...

Numa das últimas idas à praia (em Outubro...), fomos fazer um piquenique num parque de merendas muito concorrido aqui da zona. Estava lá bastante gente, incluindo festas, como é hábito.

Quando olhámos em volta, já depois de comer e arrumar as nossas coisas de piquenique e recolhermos o nosso lixo, vimos o parque cheio de lixo. As pessoas comeram, foram embora e deixaram o lixo todo espalhado por todo o lado: garrafas vazias, latas, guardanapos de papel, comida, lixo... tudo no chão...

O nosso filho, reparou, comentou e tivémos de lhe explicar que havia pessoas que não tinham consideração pelos outros e que não se devia deixar lixo em todo o lado, pois todos usavamos aquele espaço, etc...

 

Papel, árvores e a importância do oxigénio puro...

Não me lembrando agora de situação nenhuma específica sobre isto, sei que já tive esta conversa de um modo geral, quanto mais não seja porque ele é asmático ou porque estava no café a tirar 20 mil guardanapos de papel para limpar a boca, como é hábito nas crianças... Já lhe explicámos por isso de onde vinha o papel e que as árvores eram muito importantes.

 

Os carros e a poluição...

Já falámos algumas vezes, porque ele acha piada aos carros e associava o escape a velocidade e, porque eu sou um pouco claustrofóbica e dificilmente passo por um parque subterrâneo sem me queixar do cheiro ou ar que se respira neles. Como tal, a conversa e explicação surge com naturalidade quanto mais não seja a partir de um protesto meu ou pedido para andar mais rápido para sair "daquele ar".

 

 

E, vocês, que cuidados/conversas têm com os mais novos?

 

Da minha parte, obrigada

Do Porto à região de Coimbra... Fizemos a viagem ontem durante a tarde.

 

E percebemos hoje, que tivemos sorte, muita sorte. Éramos para parar em Aveiro e desistimos apenas porque ele dormia ferrado e de rastos, graças a um fim-de-semana longo e preenchido... Pensámos que seria esgotante demais para ele, ir à escola amanhã (hoje) se parássemos ainda em Aveiro, por isso seguimos viagem... e ainda bem.

 

Vimos fogos todo o caminho de regresso.

Nuvens negras que não queria ter de explicar.

Nuvens negras revoltas, com a força e a intensidade de um vulcão... Ali à esquerda, ali à direita em todo o lado.

Bem pertinho. Pareciam vivas... Como um monstro de lava que arrasa tudo ao seu redor...

 

Aveiro tinha várias... Bem perto da Nacional (Vagos), um "vulcão" enorme... imparável... Revolto...

Víamos o fogos.pt e seguíamos, esperando que ficassem longe do nosso caminho... Com medo.

 

A chegar a Coimbra, mais nuvens... Uma bem grande na direção de Condeixa, da nossa casa.

 

A caminho de Condeixa, cada vez mais assustados, pois à medida que nos aproximávamos, mais parecia que era na zona da nossa casa... Temos algum mato nas costas do prédio e lá mais para trás a mata é grande e linda (ou era, ainda não se consegue ver bem o que ficou com fumo que ainda está na zona).

 

Chegámos a casa e percebemos que era perto, para trás do prédio... Zona de Conímbriga dizia o fogos.pt.

Subimos, queriamos perceber onde era e quão perto estava...

Havia tantos fogos nesse momento por todo o país e alguns tão graves que este parecia ser "irrelevante", nada na rádio, nem nas notícias...

Só que não era. Não para nós.

Nunca é para quem os vê a avançar na sua direção.

 

Vimos uma labareda a começar a aumentar à direita... O vento a soprar forte e a empurrá-la para a esquerda... Num instante a labareda era já todo o monte, toda a extensão do nosso olhar e a descer na direção de Condeixa...

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Ainda era longe, mas interrogava-me se chegaria aqui... Quão fácil seria espalhar-se até aqui com o vento que soprava forte... Só umas rajadas na direção errada...

 

Tentei controlar-me. Tinha o meu filho ao colo, assustado, espantado e quase a chorar com medo...

Tentei sossegá-lo e garantir-lhe o que não sabia (o que temia também):

 - "Não, não te preocupes! Os Bombeiros são uns heróis e eles já estão lá. Eles vão conseguir apagar o fogo e não vai chegar aqui a casa... Ainda está longe." (e queria acreditar nisso)...

 - "E se chegar? Tenho medo! E se eu ficar sem os meus brinquedos todos?!" - disse quase a chorar...

Pois, pensei, quando lhe expliquei o que se estava a passar em Pedrogão, disse-lhe isso... Falei-lhe das pessoas e meninos que ficaram sem nada...

- "Não vai chegar, meu anjo. Além disso, a nossa casa é de tijolos e cimento e ferro, estamos protegidos. Não vai arder." - tentei ser convincente, enquanto na minha cabeça passavam imagens das casas ardidas e de todas as pessoas que perderam a vida há pouco tempo no fogo de Pedrogão...

 

Passou a noite, até ir dormir, a controlar as chamas da janela e a confirmar:

- "Os tijolos e as pedras não ardem, pois não mamã? A nossa casa é de tijolos, não é?"

 

Não quero imaginar o que sentiram as pessoas que o viram bem mais perto das suas casas... Que ainda o estão a ver um pouco por todo o país.

 

Aqui, as coisas já acalmaram. Cheira a queimado e está escuro, mas já não há clarões vermelhos... Mas ainda arde em muitos sítios no país... Sítios demais.

 

E, não sei o que seria de nós sem estes homens e mulheres que combatem os fogos, com uma coragem desmedida, arriscando as suas vidas em prol de um bem maior...

Não deviam ser voluntários, mas pagos a ouro...

Não deviam ter que pedir autorização, que perder dias de trabalho (ordenado) para se voluntariarem a proteger o país...

Não deviam depender da boa vontade, da ajuda da população para ter "Biafine" para colocar nas queimaduras, bebidas energéticas, água, leite, comida em condições...

Como podem eles fazer mais nestas condições? Como podem chegar a todo o lado?!

Se não conseguimos ter uma prevenção eficaz, ao menos deveríamos ter condições para contratar estas pessoas, dar-lhe salários e condições... Retribuir-lhes a coragem...

 

Da minha parte, obrigada!

Obrigada aos Bombeiros e a todos aqueles que socorrem e ajudam as populações nestas alturas.

O especialista de moda

Estamos a arranjar-nos para ir para um casamento. 

O pai está de fato, eu de macacão preto com alguns brilhos (não muitos) e para ele decidimos uns calções estilo de linho, com camisa, gravata e sapatos de vela.

 

Primeiro episódio, quando o pai lhe apresentou a roupa para vestir:

- Ei! Mas estão tontos?! Eu não posso ir com essas calças! (calções, queria ele dizer) Tenho de levar umas calças de casamento!! 

 

Segundo, entre o elogio e o insulto... Aparece o pai já de fato, sem o casaco...

- Ei, pai, estás tão giro!! Nem pareces o meu pai! 

 

Terceiro, a mãe que nem sei... 

À porta de casa já todos prontos:

- Uauuuu, pai! Pareces um presidente! 

(Eu) - O pai está mesmo giro, não está?

(O pai) - E a mãe? Não está tão gira? Também parece uma presidente?

(Ele) - Não. 

(O pai) - Mas não está mesmo gira? 

(Ele) - Estáaaa...... - faz careta como quem acha que a mãe não está nada de jeito. 

Coincidências e aniversários "bipolares"

Sempre fui terrível a decorar datas. Fossem elas quais fossem.

Mesmo na escola, as minhas respostas aos testes de história era uma autêntica "comédia"...

Respondia com a história toda, explicava tudo o que tinha acontecido, fugindo a dizer em que data (o quando), porque nunca tinha a certeza desses factos. Ou seja, eu até sabia ou tinha percebido a matéria, daí a decorar as datas...

 

Talvez, por isso, a vida me pareça querer ensinar a prestar atenção às datas... São as ironias da vida...

(Ou não, que cada um encontra as suas próprias coincidências, mas às vezes sinto isso.)

 

Para explicar, vamos falar das datas boas, primeiro...

 

O meu sobrinho mais velho nasceu no dia 11 do mês 11, o mais novo no 9 do mês 9.

O meu filho nasceu no dia 13 do ano 13 (2013), no mesmo mês em que nasceu o meu marido.

Quiseram as coincidências também que eu me casasse no dia 11 do ano 11 (2011), pois queria casar-me no dia 5 (dia em que começámos a namorar), mas apaixonámo-nos por uma quinta em que essa data estava indisponível. Moramos agora no lote 11.

 

A minha mãe morreu fez ontem 12 anos.

Morreu no dia 10 do mês 10, o que já de si, é uma data fácil, mas acresce que o meu irmão faz anos no mês 10 e eu, na altura em que ela faleceu, recebia sempre ao dia 10.

Portanto, duas "datas boas" (aniversários) e uma "má", em intervalos de meses: dia 9/9, dia 10/10 e dia 11/11.

 

Para equilibrar as coisas, quis a vida que o meu sogro morresse, após uma longa luta contra o cancro, no dia 9 do mês 9, fez ontem 1 mês e 1 dia.

 

E passei a ter um "dois a dois", neste curto espaço de tempo. Para não me esquecer de data alguma...

 

Passando os meses da saudade, que venham lá os dos festejos...

E que a vida não me traga mais "coincidências" (das más) e aniversários "bipolares" tão cedo.