"Estamos a fazer um bom trabalho (ou talvez não)" - Episódios da vida de pais...
Reflexões que se vão fazendo ao longo do percurso e Aventura de Ser pai...
Esta foi feita, quando tinha o meu cachopo cerca de 18 meses...
"Ora bem... O nosso Pardal tem andado engripado e não sei se com pesadelos, mas não tem dormido bem... Isto fez com que, ficasse em casa comigo na sexta e hoje novamente, pois estava com uma telha daquelas, pela manhã, e não o quisemos torturar a mandar para a creche.
Como tinha mesmo de ir à Segurança Social, ele foi comigo... Estava bem disposto e calminho, por isso, até aqui tudo bem...
Depois decidiu começar a meter-se com algumas pessoas... Ok... Está a ser simpático, a rir-se e tal... Tudo bem.
Depois ligou o modo tagarelar sem interrupção... E foi aí que a coisa começou a descambar, originando esta minha reflexão...
Eu explico! Ele tem um vocabulário reduzido, sendo que parte dele não é compreendido pela grande maioria das pessoas e outra parte é perfeitamente perceptível...
- Mamã e papá (sendo que papa por vezes é dito como papá)
- já tá
- não
- hum/him (sim)
- olá
- talou (estragou, mas também serve para coisas que cairam ou quando algo não está bem)
- on tá (onde está?)
- tá tá (está aqui)
- agum e atchum
- águ (água)
- popó
- mã, má e mê (consoante contexto e entoação minha ou meu, ou mais)
- avô (para avô e avó e quase todos os idosos que encontra na rua...)
- pá (colher de pau)
- Sá (sai)
- xá (xau)
- ma mão (mão)
- tatô (tractor)
- ton isolado ou em modo de repetição (tonto)
- chatô (nova aquisição, chato)
- e uma coisa que não é bem nada, mas soa a algo como doido/doida também em modo repeat...
Adivinhem quais foram as que ele escolheu dizer, além de fazer caretas (língua para fora) à senhora que nos atendeu?!
Pronto, Ok, também lhe disse olá...
Só podemos saber que estamos a fazer um bom trabalho, quando o cachopo não diz quase nada de jeito, mas nos insultos safa-se bem...
Ai a nossa vida...