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Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Ice AVenturaS

A Aventura de estar no topo do meu Iceberg... Ou seja, da minha mente! Pensamentos, reflexões, experiências, assuntos sérios ou maluquices da pessoa, mãe e psicóloga... Uma viagem talvez alucinante e meio louca!

Posso não ser a cliente perfeita...

... mas às vezes acho que quem está em atendimento ao público também não tem noção!

 

O meu filho esteve doente e para regressar à escola, como na maioria das creches, é necessário apresentar uma declaração em como já está bem de saúde e sem doenças infecto contagiosas. 

Na realidade, como ele até esteve doente durante o fim-de-semana prolongado, ele até só faltou um dia e foi porque nós achámos por bem não o levar, não fosse ele ainda estar contagioso,  apesar de já não ter sintomas... 

 

Mas enfim... Procurando ser respeitadora das normas e confirmar o estado de saúde, lá fui eu... 

 

Centro de saúde, funcionária nova... 

 

Anda de um lado para o outro, com papeis, vai e volta, atende o telefone, vai embora, etc...  Sempre com aquele ar enfadado característico e de quem está muitíssimo ocupado. 

Passam-se 20 minutos, ainda não atendeu nenhuma das pessoas que estão à espera e já há fila. Já atendeu dois telefonemas e continua de um lado para o outro, tipo barata tonta.

 

Nesta fase, eu já estava a pensar que ia jurar que quem estava presencialmente na fila, tinha precedência no atendimento em relação a quem telefona... Aliás, tanto é assim (ou era), que eu já desisti de telefonar para o centro de saúde, pois geralmente ninguém atende. 

 

25 minutos. Eu já a passar-me. O meu cachopo, como qualquer criança com menos de três anos, também fartinho. 

 

Finalmente, decide perguntar quem tem a próxima senha e sentar-se a atender. 

 

Verifica-se que sou eu quem tem a senha a seguir. 

 

- Bom dia. Vinha para pedir à Dra. A. uma declaração em como o meu filho já está bem e pode ir à creche. Era só para ela observar e passar a declaração para ele poder ir à escola.  

 

(Algo que ela já me faz, às vezes, até sem ver o garoto, pois sabe que eu só lhe peço tal se ele estiver mesmo bem. É por isso um pedido comum e que a própria médica me disse para esclarecer assim o motivo de estar ali nestas situações.) 

 

- A Dra. está de férias e não passa declarações sem ver a crianças. Só se for por consulta pediátrica

 

- OK. -  e não tenho tempo de dizer mais nada, pois a Sra não só decide atender novamente o telefone, como começa a mexer no computador, ignorando-me totalmente. 

 

Fico à espera, pensando que estará a marcar consulta para outro médico qualquer ou algo do género. 

A certa altura, devolve-me o CC do meu filho, sempre ao telefone, e passado um bocado dá-me um bocado de papel com algo que escreveu à mão. 

 

Perplexa, pergunto:

- Mas vai demorar? Sento-me a aguardar onde? O que é isto (papel) ? 

- Então, tem consulta com a Dra no dia 10 de Maio. 

- Desculpe?! Eu não quero consulta nenhuma! Eu preciso é de uma declaração para o meu filho poder ir à escola hoje e não daqui a 15 dias! Consulta?! 

 

Virei as costas e vim-me embora, não fosse mandá-la para um certo sítio! 

 

Saio a espumar e a tentar controlar-me porque tenho o meu filho comigo, já saturado também e espantado com a situação... Na minha cabeça... 

 

A sério que me deixaste à espera mais de 25 minutos para te decidires a atender-me e depois, em vez de me ouvires e perceberes o que pretendia, decidires borrifar-te, atender mais um telefonema e fazer o que achaste bem? 

E a louca sou eu que me passei, te respondi e virei as costas... OK... 

 

Não dava, porque a médica estava de férias? Dizia-me isso e sugeria voltar à tarde à consulta de urgência ou marcar consulta para quando fosse possível. 

Não me dizia que só por consulta, sem esclarecer que a consulta era para daqui a 15 dias e começava a marcar a mesma sem confirmar ou me ouvir em condições! 

 

Estou mesmo a ver, eu:

- Olhe, desculpe mas até dia 10 não posso ir trabalhar. 

- Então porquê? Está doente? 

- Não. 

- O seu filho está doente? 

- Não, mas a minha médica de família está de férias e a Sra da receção disse-me que só será possível pedir um atestado de saúde no dia 10 de Maio. Como sem isso, o meu filho não pode ir à creche, tenho de ficar em casa com ele. 

 

Really?!?! 

 

Acho que é desta que mudo de centro de saúde... Assim como assim, a minha médica já tá quase reformada... 

 

Não, hoje não estou em dia Zen e de procura por tolerância... Nadinha! 

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