Posso não ser a cliente perfeita...
... mas às vezes acho que quem está em atendimento ao público também não tem noção!
O meu filho esteve doente e para regressar à escola, como na maioria das creches, é necessário apresentar uma declaração em como já está bem de saúde e sem doenças infecto contagiosas.
Na realidade, como ele até esteve doente durante o fim-de-semana prolongado, ele até só faltou um dia e foi porque nós achámos por bem não o levar, não fosse ele ainda estar contagioso, apesar de já não ter sintomas...
Mas enfim... Procurando ser respeitadora das normas e confirmar o estado de saúde, lá fui eu...
Centro de saúde, funcionária nova...
Anda de um lado para o outro, com papeis, vai e volta, atende o telefone, vai embora, etc... Sempre com aquele ar enfadado característico e de quem está muitíssimo ocupado.
Passam-se 20 minutos, ainda não atendeu nenhuma das pessoas que estão à espera e já há fila. Já atendeu dois telefonemas e continua de um lado para o outro, tipo barata tonta.
Nesta fase, eu já estava a pensar que ia jurar que quem estava presencialmente na fila, tinha precedência no atendimento em relação a quem telefona... Aliás, tanto é assim (ou era), que eu já desisti de telefonar para o centro de saúde, pois geralmente ninguém atende.
25 minutos. Eu já a passar-me. O meu cachopo, como qualquer criança com menos de três anos, também fartinho.
Finalmente, decide perguntar quem tem a próxima senha e sentar-se a atender.
Verifica-se que sou eu quem tem a senha a seguir.
- Bom dia. Vinha para pedir à Dra. A. uma declaração em como o meu filho já está bem e pode ir à creche. Era só para ela observar e passar a declaração para ele poder ir à escola.
(Algo que ela já me faz, às vezes, até sem ver o garoto, pois sabe que eu só lhe peço tal se ele estiver mesmo bem. É por isso um pedido comum e que a própria médica me disse para esclarecer assim o motivo de estar ali nestas situações.)
- A Dra. está de férias e não passa declarações sem ver a crianças. Só se for por consulta pediátrica.
- OK. - e não tenho tempo de dizer mais nada, pois a Sra não só decide atender novamente o telefone, como começa a mexer no computador, ignorando-me totalmente.
Fico à espera, pensando que estará a marcar consulta para outro médico qualquer ou algo do género.
A certa altura, devolve-me o CC do meu filho, sempre ao telefone, e passado um bocado dá-me um bocado de papel com algo que escreveu à mão.
Perplexa, pergunto:
- Mas vai demorar? Sento-me a aguardar onde? O que é isto (papel) ?
- Então, tem consulta com a Dra no dia 10 de Maio.
- Desculpe?! Eu não quero consulta nenhuma! Eu preciso é de uma declaração para o meu filho poder ir à escola hoje e não daqui a 15 dias! Consulta?!
Virei as costas e vim-me embora, não fosse mandá-la para um certo sítio!
Saio a espumar e a tentar controlar-me porque tenho o meu filho comigo, já saturado também e espantado com a situação... Na minha cabeça...
A sério que me deixaste à espera mais de 25 minutos para te decidires a atender-me e depois, em vez de me ouvires e perceberes o que pretendia, decidires borrifar-te, atender mais um telefonema e fazer o que achaste bem?
E a louca sou eu que me passei, te respondi e virei as costas... OK...
Não dava, porque a médica estava de férias? Dizia-me isso e sugeria voltar à tarde à consulta de urgência ou marcar consulta para quando fosse possível.
Não me dizia que só por consulta, sem esclarecer que a consulta era para daqui a 15 dias e começava a marcar a mesma sem confirmar ou me ouvir em condições!
Estou mesmo a ver, eu:
- Olhe, desculpe mas até dia 10 não posso ir trabalhar.
- Então porquê? Está doente?
- Não.
- O seu filho está doente?
- Não, mas a minha médica de família está de férias e a Sra da receção disse-me que só será possível pedir um atestado de saúde no dia 10 de Maio. Como sem isso, o meu filho não pode ir à creche, tenho de ficar em casa com ele.
Really?!?!
Acho que é desta que mudo de centro de saúde... Assim como assim, a minha médica já tá quase reformada...
Não, hoje não estou em dia Zen e de procura por tolerância... Nadinha!